Novos territórios do prazer: o que você precisa saber sobre sexo o orgasmo
A sexualidade humana é vasta, plural e cheia de possibilidades. Mas, mesmo com tanta informação disponível, algumas práticas ainda são cercadas de mitos, receios e curiosidade silenciosa. Entre elas, o sexo anal e o orgasmo tipo squirt despertam dúvidas, fantasias e, muitas vezes, inseguranças.
Ambos envolvem o corpo de forma intensa e desafiam ideias tradicionais sobre como e onde o prazer acontece. E justamente por isso, merecem ser discutidos com clareza, acolhimento e base científica.
Neste texto, vamos explorar como essas experiências podem ser vividas com respeito, segurança e consciência. E mais importante que isso: vamos te provar que expandir o repertório sexual não tem nada a ver com seguir modismos, mas sim com se conhecer melhor.
Sexo anal: quando o prazer está onde menos se espera
Durante muito tempo, o sexo anal foi tratado como tabu. Para alguns, sinônimo de dor. Para outros, uma fantasia distante. Mas a verdade é que essa prática pode ser, sim, uma fonte de prazer intensa (desde que feita com consentimento, preparação e cuidado!).
O ânus é uma região com alta densidade de terminações nervosas. Tanto em homens quanto em mulheres, a estimulação dessa área pode provocar excitação profunda, prazer prolongado e, em alguns casos, orgasmo.
Para muitas mulheres, o sexo anal oferece uma forma diferente de sentir. E para homens, pode ser uma oportunidade de estimular o ponto G masculino, localizado na próstata, poucos centímetros dentro do reto.
Tudo isso exige conversa, lubrificação, ritmo e escuta. Nesse nossa guia sobre o prazer anal, você encontra orientações completas sobre como explorar essa prática com segurança e prazer, incluindo posições, cuidados de higiene e formas de tornar a experiência mais confortável.
Preparar o corpo e a mente é essencial
O prazer anal não deve ser apressado. A região não lubrifica naturalmente como a vagina, por isso o uso de lubrificantes à base de água ou silicone é indispensável. Além disso, o estímulo deve começar de forma leve, com massagens externas, respiração controlada e abertura para parar a qualquer sinal de desconforto.
Para quem sente medo ou tensão, vale lembrar: o corpo responde melhor quando está relaxado. A confiança entre os parceiros é o maior facilitador nesse tipo de experiência.
Segundo a Revista Saúde, o sexo anal pode ser prazeroso e seguro quando feito com lubrificação, comunicação e relaxamento. O preparo emocional é tão importante quanto o físico. O ideal é tratar o tema com naturalidade, sem vergonha ou obrigação.
Squirt: o orgasmo com ejeção que ainda gera dúvidas
O squirt (também chamado de ejaculação feminina) é uma liberação de líquido pela uretra que pode ocorrer durante o orgasmo em algumas mulheres. Por muitos anos, foi tratado como mito. Hoje, sabemos que ele existe, mas que não acontece com todas as pessoas e não deve ser visto como um “objetivo obrigatório”.
O líquido liberado no squirt é diferente da urina, embora saia pela mesma via. Ele tem composição própria e costuma surgir após estímulos intensos na região da parede anterior da vagina, onde se localiza o chamado ponto G.
O squirt pode ser uma experiência intensa, prazerosa e até emocionalmente carregada para quem sente. Mas não é sinônimo de “mais prazer”. Algumas mulheres nunca ejaculam e têm orgasmos igualmente profundos.
Neste artigo sobre orgasmo e squirt, você encontra uma explicação clara sobre o que é o squirt, como ele ocorre, quais técnicas favorecem esse tipo de resposta e por que ele deve ser explorado sem pressão.
Cada corpo sente de um jeito
É importante reforçar que tanto o prazer anal quanto o squirt são possibilidades, não obrigações. Nem todo corpo reage igual. O que funciona para um casal pode não funcionar para outro. E está tudo bem.
Explorar novas formas de prazer pode ser libertador. Mas só faz sentido quando há respeito, escuta e espaço para que cada pessoa diga o que quer ou não quer experimentar.
De acordo com um estudo publicado na National Library of Medicine (NIH), a ejaculação feminina pode ser explicada por fatores fisiológicos reais, relacionados à estimulação do ponto G e à atividade das glândulas parauretrais. O squirt é uma resposta legítima, embora não universal.
Fantasia, realidade e pressão: cuidado com o que você vê por aí
A internet e os filmes adultos criaram expectativas irreais sobre o squirt e o sexo anal. Muitos vídeos mostram cenas que não correspondem à prática real. Isso pode gerar frustração, sensação de inadequação e até desconforto na hora de tentar algo novo.
A melhor forma de explorar novas práticas é com tempo, conversa e informação. Evite comparar seu corpo ou suas reações com o que aparece na tela. O prazer verdadeiro acontece fora da performance.
Buscar fontes confiáveis, trocar experiências com pessoas de confiança e escutar o próprio corpo são atitudes que fazem muito mais diferença do que qualquer técnica.
Dicas práticas para quem quer experimentar com leveza
Se o casal quiser testar essas experiências pela primeira vez, algumas dicas podem ajudar:
- Comece com estímulos externos, sem pressa de “chegar lá”
- Use lubrificante em quantidade generosa
- Mantenha o diálogo constante, inclusive para rir se algo for estranho
- Estabeleça uma palavra de segurança que sinalize o momento de parar
- Invista em preparo emocional: relaxar, respirar, confiar
O mais importante é entender que, no sexo, não existem atalhos. O prazer está no caminho e na forma como esse caminho é percorrido.
Conclusão: prazer também é descoberta
Explorar o prazer anal ou experimentar o squirt não é sobre fazer mais, mas sobre se permitir sentir diferente. É sobre confiar no outro, no próprio corpo e na construção de uma experiência que vai além do que se aprendeu por padrão.
Não existe certo ou errado. Existe o que faz sentido para cada um. E quanto mais informação, cuidado e escuta houver nesse processo, maiores as chances de transformar a curiosidade em conexão real.